Tipos de Gráficos em Análise Técnica

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Conhecer os tipos de gráficos em análise técnica é fundamental se você quer obter resultados, já que os gráficos são o principal instrumento dos traders. E os traders profissionais sabem que entendê-los corretamente é essencial para ganhar dinheiro, pois representam o comportamento do mercado de forma prática e objetiva.

A análise gráfica permite que você interprete o comportamento do preço (Price action) para tentar prever a sua movimentação num futuro próximo e lucrar com isso.

Como o gráfico dos preços traduz a ação das pessoas, e as pessoas tendem a repetir suas ações do passado, podemos observar alguns padrões gráficos que se repetem com frequência.

Entretanto, existem diversos tipos de gráfico. E cada um deles tem suas especificidades.

 

Continue lendo esse artigo e descubra quais são os tipos de gráficos em análise técnica existentes hoje em dia e como melhor utilizá-los.

 

O que compõe um gráfico?

Basicamente, um gráfico de análise técnica é composto pelo preço de abertura, o preço de fechamento, os preços máximo e mínimo, e o volume de negociação num determinado período.

Além disso, existem diversos indicadores que podem fazer parte da análise técnica.

 

Tipos de gráficos de análise técnica – Gráfico de Linha

Os gráficos de linha são os mais simples e são pouco utilizados, já que agregam pouca informação. Nele, no eixo horizontal X está o período, enquanto o eixo vertical Y mostra o valor do ativo.

Os preços mostrados nesse gráfico podem ser os de abertura, máximas ou mínimas. Contudo, o mais comum é que ele traga o valor de fechamento do período.

Por se tratar de apenas uma linha única ligando os preços, é um gráfico bastante simples e sua interpretação é muito fácil. Sua maior vantagem é que uma análise rápida já permite detectar a tendência com tranquilidade.

 

Gráfico de Barras

É uma variação do gráfico de linhas, onde os eixos X e Y ainda representam o tempo e os preços, respectivamente. No entanto, as projeções gráficas são um pouco diferentes.

O gráfico de barras é representado por uma barra vertical que informa os preços de abertura, fechamento, máximos e mínimos do período analisado.

 

Um traço à esquerda representa o preço de abertura, e um traço à direita o preço de fechamento.

 

Cada barra corresponde a um período de tempo, por exemplo, 5 minutos, 30 minutos, 1 dia, 1 semana etc.

É um dos tipos de gráficos mais utilizados e traz mais informações do que o gráfico de linhas.

Tipos de gráficos de análise técnica – Gráfico OHLC

Em um gráfico OHLC é possível ver, como no gráfico de barras, os preços de fechamento, abertura, máxima e mínima em cada um dos períodos.

O nome OHLC vem das iniciais:

O – Open (abertura)

H – High (máxima)

L – Low (mínima)

C – Close (fechamento)

Nele, o topo da barra colorida indica a máxima e a base indica a mínima do período. Já os traços horizontais a direita e a esquerda das barras verticais indicam o fechamento e a abertura, respectivamente.

É basicamente o mesmo do de barras, mas costuma ser colorido. As barras de alta (fechamento maior do que abertura) costumam ser verdes e as barras de baixa, vermelhas.

Gráfico de Candlesticks

O gráfico de candlesticks está entre os gráficos de análise técnica mais completos que existem. E costumam ser utilizados pelos traders mais experientes, pois formam padrões gráficos de alta confiabilidade.

Foi criado no Japão, no século XVII, para analisar a negociação do arroz. No último século foi difundido pelo mundo.

Além de mostrar todas as informações que o OHLC traz, como máxima, mínima, fechamento e abertura do período, ele também destaca as distâncias entre os valores.

Nesse tipo de gráfico, as linhas verticais são chamadas de sombras e as barras são o corpo. O topo, bem como a base, do corpo marca a abertura e o fechamento do período, respectivamente, enquanto o topo da sombra marca a máxima e a base, a mínima.

Alguns candles podem não possuir sombra inferior ou superior, desde que o preço de abertura ou fechamento corresponda ao valor mínimo ou máximo.

Por exemplo, se um candle de alta não possuir sombra inferior, isso significa que o preço de abertura foi também a mínima do período.

Quando o preço de fechamento é o mesmo do de abertura, o candle não possui corpo, caracterizando o candle chamado “doji”.

Os trades experientes observam padrões de candlesticks, que são formações visuais e que determinam qual tendência o mercado deve seguir dali por diante. É comum que eles façam operações baseadas exclusivamente nessas formações.

Além disso, é muito importante entender a formação do gráfico de candles para analisar o comportamento do mercado.

Tipos de gráficos de análise técnica – Gráfico Renko

O gráfico Renko, também criado no Japão, é formado por pequenos “tijolos”, cada um representando uma variação pré-definida do preço. O nome vem da palavra japonesa “renga”, que significa tijolos.

Por exemplo:

Se você definir que a variação é de 10 ticks, isso significa que o próximo tijolo apenas se formará quando o preço variar 10 ticks na mesma direção. Até lá, o gráfico permanece inalterado.

Portanto, é um gráfico baseado apenas na movimentação do preço, onde o volume de ticks e o tempo não importam. Por isso ele também é chamado de gráfico atemporal.

Dessa forma, é um gráfico que “filtra” os ruídos do mercado. Quanto maior a variação definida para a formação de um tijolo, menor será o número de tijolos no gráfico.

Por fim, o gráfico Renko funciona bem como seguidor de tendência, já que o próximo tijolo apenas se forma quando houver a movimentação toda do preço na mesma direção.

Gráfico Heikin-Ashi

Mais um gráfico japonês. O gráfico Heikin-Ashi é muito parecido com o gráfico candlestick tradicional. Contudo, a diferença está na forma como é calculado.

A fórmula matemática do Heikin-Ashi faz uma média dos preços de abertura e fechamento, fazendo com que o candle sempre abra na metade do candle anterior.

Sua vantagem é reduzir ruídos durante uma tendência. Ou seja, numa tendência de alta, provavelmente todos os candles serão verdes, tornando muito mais fácil o reconhecimento da tendência.

Ao contrário do Heikin-Ashi, o gráfico de candlesticks tradicional mostra todas as pequenas mudanças na direção do preço na mesma tendência.

Escalas logarítmica e aritmética

A representação dos preços no eixo Y pode ser em escala aritmética ou semi-logarítmica.

Na escala aritmética, os preços são dispostos com a mesma distância entre eles. Já na escala semi-logarítmica, a diferença entre os preços é percentual.

 

Por exemplo:

Se o preço de uma ação subiu de R$10 para R$20, e depois de R$40 para R$50, na escala aritmética a distância será a mesma, ou seja, R$10 reais de distância nos dois casos.

Já na escala semi-logarítmica a distância será bem diferente, pois de R$10 para R$20 temos uma alta percentual de 100%, enquanto de 40R$ para R$50 temos apenas 25%.

A diferença entre usar cada uma das escalas será maior em tempos gráficos mais longos, quando há maior variação do preço. Em gráficos intra-day a mais usada é a escala aritmética.

Conclusão

Independente da sua estratégia, o gráfico é a ferramenta fundamental para análise técnica e tomada de decisão.

O tipo de gráfico de candlestick é talvez o mais utilizado em day trade, pela boa representação e riqueza de informações.

Entender a formação dos gráficos e seus tipos é crucial para a análise do comportamento dos preços.

A análise gráfica pode ser utilizada nos mais diversos mercados. Mesmo para investidores de longo prazo, noções em análise gráfica podem permitir melhores decisões do ponto de entrada.

 

E então, gostou de entender um pouco mais sobre os diferentes tipos de gráficos em análise técnica do mercado? Está mais bem preparado para realizar seus próprios diagnósticos?

Bem, é claro que esse é um conteúdo bastante resumido. Portanto, caso você esteja começando a trilhar o caminho das operações na bolsa, recomendamos que você se aprofunde nos estudos de análise técnica para que suas chances de fazer bons negócios sejam ainda maiores.